6ª F , 05 Março 2021

PAÍS

 

Digitalização trouxe outros mercados a empresa de pedra de Alcobaça

A transformação digital na Solancis, uma empresa da indústria da pedra sediada em Alcobaça, trouxe mais eficiência e a capacidade de chegar a outros mercados, sem que isso viesse reduzir postos de trabalho. A empresa, com sede em Benedita, no concelho de Alcobaça, existe desde 1969 e registou em 2020 dez milhões de euros em volume de negócios, 95% dos quais para exportação, sendo possível encontrar a pedra transformada pela Solancis nas escadarias do museu Louvre, em Paris, em casas particulares em Inglaterra, numa capela de São Petersburgo, na Rússia, ou num hospital polaco.
A aposta na tecnologia e na digitalização de processos surgiu de uma necessidade do próprio mercado, disse à agência Lusa o presidente da empresa, Samuel Delgado.
"Tínhamos a necessidade de fazer cortes no meio da chapa [da pedra] para apanhar a parte melhor da pedra. Foi uma exigência de um dos clientes, que fornecíamos para o mundo inteiro, que era a rede de lojas Hermès. Fomos à procura de uma solução e fizemos um projeto em que desenvolvemos um equipamento com câmara de vídeo que digitaliza as pedras. Conseguimos mostrar os defeitos na pedra e depois cortá-la onde queríamos. Essa foi a grande revolução de início", contou.
O pedido de projetos pela Hermès surgiu em 2002 e a tecnologia foi criada em 2004. Em 2014, a empresa voltou a investir na digitalização e passou a desenhar tudo em 3D, integrando todo o processo de fabrico a partir do desenho.
"Dantes havia um programa por máquina. Hoje estão automatizados. Quando chegam as peças têm logo o programa de maquinação e restantes. [..] Até aí não tínhamos. Conseguimos organizar todo esse processo até fornecer o material na obra, ao cliente", realçou.
No departamento técnico, prepara-se uma encomenda que vai para um edifício na Praça Vermelha, em Moscovo. (......)
POR LUSA

 

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Competências digitais devem ser introduzidas logo no 1.º ciclo
As competências digitais deveriam ser introduzidas logo ao nível do 1.º ciclo de ensino, defende a investigadora da Universidade do Porto Sofia Marques Silva, salientando que a inclusão digital não pode ser encarada como um luxo. "[A introdução às tecnologias da informação] deve ser mais cedo, precisamente porque precisamos de preparar crianças e jovens para as profissões de futuro que vão ter muito esta dimensão tecnológica", afirma à agência Lusa a docente e investigadora do Centro de Investigação e Intervenção Educativas da Universidade do Porto. Para Sofia Marques Silva, essa intervenção deveria também ser feita não de forma isolada, mas ligada às humanidades e às ciências sociais, por forma a garantir que os jovens possam "fazer leituras conscientes" da utilização dos computadores e da internet.
Nas escolas, "muitas vezes, tem-se resistido um bocadinho a esta entrada do mundo digital e com consequências na maneira como vamos educando os jovens para esta realidade", frisa a também antiga coordenadora do eixo da inclusão entre 2017 e 2019 do INCoDe.2030 -- Iniciativa Nacional Competências Digitais.
Num momento de digitalização da sociedade e da economia, a especialista alerta que a inclusão digital não pode ser encarada como um luxo. (.....)
POR LUSA
 
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MUNDO

UNIÃO EUROPEIA

04 MARÇO 2021
114 milhões de postos de trabalho extintos na UE
Em 2020, perderam-se 114 milhões de postos de trabalho na União Europeia. As contas são do Eurostat que explica esta retração histórica no mercado laboral com a pandemia. A perda de emprego afetou mais as mulheres do que os homens, mas foram os jovens que sofreram o maior impacto - a taxa de desemprego entre os mais novos subiu 8,7 por cento.
Valdis Dombrovskis, vice-presidente executivo da Comissão Europeia, lamenta que "apesar dos melhores esforços da UE", a pandemia tenha abalado "seis anos de tendência positiva".
"Precisamos urgentemente da criação de empregos de qualidade, particularmente para os jovens, para quem, como resultado da crise, o aumento do desemprego foi o triplo da taxa de desemprego geral", declarou o núnero dois do executivo europeu.
A Comissão Europeia apresentou a estratégia para o mercado de trabalho. Até 2030 quer ter 78 por cento da população empregada.
No plano está igualmente reduzir a diferença salarial entre homens e mulheres, e diminuir o número de jovens que não trabalham nem estudam.
Em 2019, havia 91 milhões de pessoas em risco de pobreza. Bruxelas quer tirar a corda da garganta de pelo menos 15 milhões nos próximos 10 anos.
EURONEWS
 
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BRASIL

Bolsonaro critica "frescura" no combate à covid-19
O presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, aproveitou o tradicional discurso de inauguração de um troço ferroviário no estado de Goiás, esta quinta-feira, para criticar a suspensão da atividade económica no país e as medidas de combate à covid-19.
"Vocês não ficaram em casa, não se acobardaram. Nós temos que enfrentar os nossos problemas. Chega de frescura, de 'mimimi'. Vão ficar chorando até quando? Temos que enfrentar os problemas", afirmou o chefe de Estado.
O Brasil conta mais de 261 mil mortes por covid-19 desde o início da pandemia.
No Rio de Janeiro, há novas medidas de combate a partir desta sexta-feira: durante uma semana a cidade vai ter recolher obrigatório, das 23h às 05h da manhã; restauração, comércio e ginásios veem o horário de funcionamento limitado.
O prefeito da cidade, Eduardo Paes, garante que as novas medidas são preventivas e pretendem travar uma tendência crescente na ida às urgências,
Em São Paulo, o governo local está a promover as pré-inscrições para a vacina da covid, de forma a evitar as longas filas de espera que têm verificado. O estado volta no entanto à fase vermelha, a partir deste sábado, após ter batido o recorde de internamentos por covid-19 durante a semana. Entre 06 e 19 de março, os centros comerciais, os restaurantes e bares e ginásios vão permanecer encerrados. Já o comércio de produtos alimentares, as escolas e as atividades religiosas mantêm a atividade, por serem considerados essenciais.
EURONEWS
 
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Portugueses no estrangeiro vão ter mais alternativas para levantar o Cartão de Cidadão

Já está em vigor a Portaria n.º 46/2021, publicada esta terça-feira em Diário da República (que altera a Portaria n.º 285/2017, de 28 de setembro), que vai permitir aos postos e secções consulares portugueses no estrangeiro enviar, de forma segura, para o domicílio dos portugueses no estrangeiro, o Cartão de Cidadão (CC) através de entidades locais, de modo a alargar os pontos de entrega deste documento.
Esta medida é particularmente relevante no atual contexto pandémico, com as restrições à mobilidade das pessoas.
As alterações agora introduzidas pelo Governo, e à semelhança do que aconteceu com os cidadãos residentes no território nacional, procuram responder à necessidade de encontrar formas alternativas de entregar o CC aos cidadãos portugueses residentes no estrangeiro, de forma segura, eficaz e adequada à sua realidade. (....LER MAIS)
Comunidades Lusófonas
 
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MOÇAMBIQUE
 
Mais de 50 especialistas humanitários aguardam visto
Mais de 50 especialistas das Nações Unidas aguardam por visto humanitário, criado há três meses por Moçambique, para poderem entrar no país e ajudar a resolver a crise em Cabo Delgado, disse hoje fonte da organização. "Temos mais de 50 pedidos [pendentes] e esperamos poder ter a possibilidade de obter vistos humanitários nas próximas semanas", referiu à Lusa a coordenadora residente das Nações Unidas em Moçambique, Myrta Kaulard. "Eu espero semanas" e não um prazo maior, "porque é necessário" que esse apoio externo chegue ao terreno, explicou.
Um relatório da ONU de final de janeiro sobre acesso da ajuda humanitária a Cabo Delgado enunciava a existência de "desafios administrativos" com 57 vistos pendentes - acrescentando que a demora na aprovação rondava, em média, três meses e meio.
Segundo o mesmo documento, materiais para saúde, abrigo ou outros itens de apoio estavam a demorar quase três meses para serem libertados pelas alfândegas.
"Como todas as coisas administrativas", os novos vistos de entrada no país "precisam de tempo para começar a ser utilizados" e as férias de final de ano e a covid-19 estão a atrasar o processo - a par de "aspetos administrativos do visto que ainda têm de ser definidos", disse Myrta Kaulard.
"Estamos a trabalhar muito, junto com as instituições moçambicanas, como o Ministério dos Negócios Estrangeiros e Cooperação (Minec) e o Ministério do Interior, para ver como resolver isto", porque "é muito importante ter mais pessoal humanitário no norte do país".
"A zona é bastante grande, as necessidades são muitas e precisamos de estar presentes em todos os distritos", acrescentou. (.........)
POR LUSA
 
 
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Angola vai registar 800 mil imóveis até 2022 e chegar aos 2,9 milhões em 2025
O Governo angolano lançou hoje o Programa de Massificação do Registo Predial, que visa registar cerca de 800 mil imóveis até 2022 e aproximadamente 2,9 milhões de imóveis até 2025.
No lançamento do programa, o secretário de Estado para a Justiça, Orlando Fernandes, disse que numa primeira fase serão registados os imóveis das novas centralidades urbanas, seguindo-se os prédios confiscados e nacionalizados, bem como os prédios que ao longo dos anos foram sendo construídos por particulares, sem a sua situação jurídica regularizada.
Orlando Fernandes frisou que o setor imobiliário é um campo estratégico das economias a nível internacional, que gera habitações para as famílias, escritórios para as empresas, zonas de produção para as fábricas, estruturas logísticas e outras infraestruturas igualmente para as empresas.
O governante angolano salientou que esta ação se inscreve no âmbito das políticas do executivo para a diversificação da economia nacional e contribui para a melhoria do ambiente de negócios no setor imobiliário. (..... ler mais ) 
NME // JH // Lusa
 
 
ANGOLA

 

Seca severa mata diariamente entre 20 a 30 cabeças de gado em Benguela

A seca está a provocar a morte diária entre 20 a 30 cabeças de gado bovino na comuna da Quimina, município da Baía Farta, na província angolana de Benguela, divulgou hoje um responsável local.
Segundo o diretor municipal da agricultura, pecuária e pescas, Pedro Candangombo, a região conta com um potencial de mais de 85 mil cabeças de gado bovino, mas devido a "gritante falta de água" e a longa distância para o pasto, cerca de 40 quilómetros, os animais estão a morrer.
"A situação que mais aflige é a água e para mitigar essa situação [os criadores] clamam por apoio do Governo, com pelo menos dois camiões cisternas de água", referiu Pedro Candangombo, em declarações à Rádio Nacional de Angola.
De acordo com o responsável, os criadores prontificaram-se em apoiar o Governo com os combustíveis para essas cisternas.
"Diariamente aproximadamente 20 a 30 cabeças de gado morrem de forma dispersa, eles percorrem essa distância para o pasto, cavaram uma profundidade de dois a quatro metros onde encontram água no leito do rio. Até que o gado regressar do pasto, uns morrem pelo caminho", explicou.
A região sul de Angola está a enfrentar este ano uma situação de seca severa, que afeta as províncias do Cunene, Namibe, Benguela, Huambo, Bié, parte do Cuando Cubango, parte do Cuanza Sul e parte do Bengo, prejudicando igualmente o setor agrícola do país e pondo em causa a segurança alimentar das populações.
NME // PJA // Lusa